SEMPRE É TEMPO DE ORAR
Filipenses 4:1-7
Introdução
Tommy Tenney, autor de excelentes livros, como "Caçadores de Deus", por exemplo, observou isto: "A melhor coisa que podemos fazer é abandonar os nossos planos, esmigalhar nosso discurso, afastar os bancos de nossas igrejas e cair de joelhos."
Paulo diz: "...em todas as orações peçam a Deus o que vocês precisam e orem sempre".
Pedir a Deus o que nós precisamos... já imaginou que liberdade e privilégio nos são concedidos? ...liberdade, porque, podemos pedir o que precisamos... privilégio porque, o nosso pedido é feito diretamente a Deus!
Você não tem que preencher nenhum cadastro antes... não tem que agendar horário com nenhuma secretária... não tem que falar primeiro com o gerente para depois falar com o presidente...
Ouvi dizer que num museu, na Inglaterra, há um interessante quadro: o retrato de um homem na ante-sala, aguardando a vez de ser recebido pelo rei. Um crente, ao visitar o museu e ver esse quadro, ficou intrigado e escreveu as seguintes palavras em seu diário: "O Senhor nosso Deus, o Rei dos reis, nos recebe em audiência a qualquer momento do dia e nos abençoa".
É fato: eu e você podemos orar sempre... orar sempre a respeito de tudo - de tudo o que precisamos... de tudo o que nos aflige ou de tudo que nos deixa ansiosos, preocupados.
Porém, é com muita freqüência, que começamos a orar apenas como último recurso.
Quando enfrentamos provações, é que comumente, começamos a orar.
Um certo homem estava travando uma batalha corajosa contra o câncer. Quando as pessoas começaram a se dar conta do efeito gradual desta doença no seu corpo e no seu estilo de vida, alguém da família, disse: "Bem, já tentamos tudo. Creio que está na hora de começar a orar".
Um outro homem estava atravessando uma situação extremamente difícil no trabalho. Tratava-se de uma crise de enormes proporções e que tinha implicações ameaçadoras para ele e para o futuro da empresa em que trabalhava. Mas o homem, simplesmente não podia resolver a situação. Tudo estava difícil mesmo. Então, finalmente ele disse: "Já tentei tudo o que sabia para mudar esta situação e nada funcionou, nada deu certo. Está na hora de começar a orar".
Nestes dois casos, a oração foi vista como um último recurso, um último esforço para solucionar o problema.
Quer dizer: apenas depois de terem sido eliminadas todas as outras opções e possibilidades, a pessoa decidiu orar... depois de esgotado tudo é que se resolveu "agarrar a última tábua de salvação".
Não é assim que a Bíblia ensina fazer.
Uma das parábolas contadas por Jesus foi sobre "o dever de orar sempre e nunca desfalecer" (Lc 18.1). "Orar sempre".
Você pode localizar Lc 18? ...Jesus conta que havia numa cidade um juiz, homem muito mau, que fazia pouco caso de todos. Uma viúva daquela cidade vinha freqüentemente suplicar justiça contra um homem que lhe havia causado prejuízos. O juiz não fez caso dela durante algum tempo, mas no fim ela o deixou nervoso, a ponto dele dizer a si mesmo, isto: "Eu não tenho medo de Deus nem dos homens, porém, esta mulher está me incomodando. Vou fazer com que ela receba justiça, pois está me cansando com as suas queixas constantes!"
No v.6, Jesus concluiu a história dizendo aos discípulos: "Se até mesmo um juiz mau pode ser vencido como aquele foi, vocês não acham que Deus sem falta fará justiça ao seu povo, que Lhe suplica dia e noite?" Jesus então afirmou: "Sim! Deus responderá depressa".
A questão é essa: Em vez da oração ser o nosso último recurso, ela dever ser uma das nossas primeiras coisas a fazer insistentemente.
Se você utiliza a Bíblia de Estudo Pentecostal, você encontra esse comentário de Lc 18.1, item nº 5: "Por causa de Satanás e dos prazeres do mundo, muitos deixarão de ter uma vida de perseverante oração".
"Por causa de Satanás e dos prazeres do mundo"... Satanás faz tudo para o crente não orar... os prazeres do mundo também (a saber: as horas navegando na Internet, as horas assistindo TV... as horas trabalhando, as horas conversando...).
Os prazeres do mundo exercem uma pressão tão forte quanto a de Satanás para que nós não oremos... os prazeres do mundo...
Fico imaginando, por exemplo, o quanto os aparelhos de telefone celular (um dos prazeres do mundo moderno) tem diminuído nossas orações. Quando não havia celular, uma mãe, preocupada com a hora da filha chegar em casa e a filha não chegava, ela entrava no seu quarto e fazia oração, pedindo a Deus trazer a filha de volta em segurança... agora, basta a mãe discar pro telefone celular da filha e perguntar: "Filhinha, aonde você está? Está tudo bem? Você vai demorar?"
É preciso muito cuidado, porque tanto Satanás como os prazeres do mundo nos afastam da oração.
E como temos andado afastados da oração! Na Bíblia, em Atos 2, os crentes oraram 10 dias; a seguir, Pedro pregou 10 minutos e 3 mil pessoas foram salvas. Hoje, as igrejas oram 10 minutos, pregam 10 dias, e três pessoas são salvas.
Mas o Senhor responde à oração!
Deus quer que nós recorramos à Ele continuamente com todas as nossas necessidades... Um dos versos mais curtos da Bíblia, 1Ts 5:17, diz: "Orem sempre" (sem cessar).
E temos este verso de Fp 4.6: "Não estejais inquietos por coisa alguma (não se aflijam com nada); antes (ou, ao invés disso) as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração" (orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês).
Cyril J. Barber escreveu um livro sobre liderança cristã baseado no livro de Neemias, e num dos capítulos, lemos: "Nossas orações diárias diminuem nossas preocupações diárias".
Nosso dever é orar sempre, e isto inclui os dias em que estamos preocupados, aflitos, queixosos, mau humorados, tristes...
John Bunyan, autor do livro "O Peregrino", dizia que "as melhores orações tem muitas vezes mais gemidos que palavras".
Conclusão
Por isso, irmão, irmã, você não há que esperar. É sempre tempo de orar.
A ORAÇÃO DEVE SER A SUA PRIMEIRA REAÇÃO, EM VEZ DE SER O SEU ÚLTIMO RECURSO.
A melhor coisa que podemos fazer hoje, é abandonar os nossos planos, esmigalhar nosso orgulho, afastar os bancos da igreja e cair de joelhos. Vamos fazer isto? Agora?
Pr Walter Pacheco da Silveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário