
Como presidente nacional do partido, Armando deixa claro que a conjuntura política municipal afogadense revela um espaço totalmente favorável à decisão de Augusto Martins para 2012. Deste modo, livremente deve se colocar à disposião da sociedade, firmando-se como uma liderança política com acesso irrestrito aos interesses locais, de maneira a integrar o grupo que melhor reconheça sua história e retribua sua fidelidade partidária.
Entretando, não seria viável para Augusto Martins permanecer na Frente Popular. O espaço político lá criado já não representa mais um projeto de grupo em que ele participaria do processo para integrar as discussões das eleições municipais majoritárias. Não seria imprudência pensar que sua liderança na Frente Popular encontra-se fragilizada, tendo como pressuposto a candidatura de José Patriota e articulação de Totonho Valadares. O grande projeto da Frente hoje em Afogados é Patriota!
E quase sempre o processo do grupo da Frente esteve polarizado entre Totonho e Patriota. Não por acaso Giza Simões rompeu com os dois, visto que a situação política na Frente Popular preservou a polarização da corrente "toto-patriotista".
Em suma, Augusto Martins, mais que ninguém, sabe que sua permanência na Frente Popular será apenas por conveniência de estratégia política. Para José Patriota torna-se mais importante agora que Augusto fique no grupo da Frente, fortalecendo sua candidatura, caso contrário, havendo migração para o lado de Giza Simões, as eleições de 2012 podem ser definidas a partir desta união. O que causará uma nova redefinição nos rumos políticos municipais.
Neste contexto, Augusto pode ressurgir com mais autonomia e vigor eleitoral, descentralizando politicamente o poder entre Patriota e Totonho. O importante seria Agusto Martins elaborar seu plano estratégico com mais determinação, a fim de viabilizar a integração política com Giza Simões. Ela é uma das lideranças políticas expressivas na região, tem acesso ao governo do Estado e a campanha dos dois sinaliza para desconstituir a centralização de poder construída na Frente Popular apenas por Patriota e Totonho.
Augusto Martins está livre para tomar qualquer decisão. Cabe rever neste momento um pouco da sua história na política afogadense e perceber que praticamente nunca houve melhor oportunidade para se definir como uma nova liderança fora do alcance da estrutura construída pela Frente Popular e saber que integrando a União Pelo Povo fará com que redirecione os rumos eleitorais do município.
A demora causa o desgaste político e confirma muitas vezes a insegurança de um homem público.
Carlos Pessoa
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