MÍDIA AFOGADENSE: RETRATO DE UM PODER MANIPULADO???

A mídia na conjuntura do capitalismo no PAJEÚ faz parte de um negócio lucrativo a serviço do interesse pessoal de seus organizadores, esquecendo que o povo precisa ouvir a verdade e não “puxação de saco” cotidianamente. Deste modo o povo se torna a cada dia vítima desses detentores da comunicação vendida a qualquer preço.

Essa realidade se desencadeia aqui no PAJEÚ, com a manipulação das informações de acordo com os investimentos financeiros dos patrocinadores. Estes acabam por vincular o que bem desejam nos meios de comunicação, manipulando as massas e tirando delas o poder de cobrança, uma vez que o poder de comunicação da mídia funciona como amorteceres de crises, tanto no ambito politico como social. Assim, a sociedade se tornou, como diz o ditado popular: "MARIA VAI COM AS OUTRAS."

A realidade brasileira é gritante, e em nosso PAJEÚ é pior ainda. Sabendo que vivemos sob as regras do coronelismo - que ditam muitas vezes o que os blogueiros podem publicar e os locutoros de rádios devem falar; gerenciando deste modo a compreensão entre o certo e o errado;

O valor que a sociedade paga para que os comunicadores se vendam reflete-se em asfalto e escolas destruídas, em gestores corruptos e outros serviços em decadência, etc. Até quando o povo terá que pagar por uma mercadoria que não comprou.

Neste cenário, o poder político há tempos que se atrela ao poder da mídia. Utilizando-se dos canais de informação para ideologicamente massificarem seus projetos familiares e políticos, manipulando a consciência do povo pela informação direcionada em prol da defesa de seus interesses. É importante que a população saiba que a mídia afogadense padece deste câncer, e que ultimamente como sempre está viciada em lucrar alto, transformado a paisagem sertaneja em um oásis de mentiras, para que com isto nossa realidade seja ocultado dos holofotes da justiça no âmbito nacional.

Trata-se de uma realidade inquestionável, até porque muitos dos programas de rádio na região estão submetidos a patrocínios que matém certo vínculo com o poder político. Os principais radialistas são em sua maioria participantes ativos dos palanques políticos em período eleitoral. Recebendo pelos trabalhos executados como locutores.

Deste modo, é necessário questionar-se até que ponto as autoridades políticas não desfrutam posteriormente dos benefícios da relação profissional com esses radialistas. Existe um seguimento crescente de comunicação em tempo real na região com as edições dos instrumentos de informação disponíveis pela internet. Os blogs se tornaram a moda do momento, que também estão cada vez mais sendo utilizados pelos patrocinadores que se aproveitam das ferramentas em proveito próprio, calando em muitos momentos situanções que lhes fogem o controle.

Fato recente questionável que merece atenção é o caso que envolve determinada empresa de ônibus que circula em toda região, mas que estava tornando-se alvo de severas críticas pelos péssimos serviços prestados à população. Deflagradas por um notável radialista que edita suas notícias também pela internet em seu blog.

Recentemente, percebe-se que a mesma empresa de ônibus encontra-se com um vistoso Layout de propaganda no blog do radialista, ferrenho crítico dos serviços de condução de passageiros. No entanto, as declarações inflamadas do festejado radialista encerrou-se, coincidentemente. Das duas uma, os serviços melhoraram ou o patrocinador conseguiu comprar as declarações do radialista!!! Inúmeros são as situações que levantam a reflexão quanto aos canais de comunicação, que devem sempre prestar um prestigioso serviço à sociedade. Com a força dos interesses dos poderosos a radiodifusão do sertão do pajeú parece tornar-se o retrato de uma mídia que se entrega aos interesses privados, através da interlocução de seus representantes, refletindo uma situação revelada por Karl Marx: "a primeira liberdade de imprensa é não se tornar um negócio”.

A realidade afogadense requer cuidado!!! Há muito tempo que os meios de comunicação, sobretudo, o rádio tem influenciado na construção da informação local. É bom saber que o povo precisa de um serviço de comunicação imparcial quanto à revelação dos fatos como sendo verdadeiros, e não como uma prestação de serviço comprado.

Este poder de comunicação está sendo atrelado cada vez mais a profissionais sem nenhum interesse social, que estabelecem relação com autoridades políticas. Os interesses da sociedade devem direcionar os trabalhos dos radialistas, que ganharam certa notoriedade utilizando-se da influência dos poderes político, econômico e da força dos intrumento de comunicação em massa.

Resta-nos refletir sobre o papel desempenhado pela radiofonia no pajeú, revelando-se muitas vezes como mecanismo de dissimulação política de autoridades locais, atreladas aos representantes da mídia no período eleitoral.