
O crime organizado intensificou ataques contra quartéis das Forças Armadas, postos da polícia militar e delegacias nos últimos anos. O alerta foi feito pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) em relatório apresentado nesta segunda-feira (2).
No último final de semana, a polícia militar do Rio de Janeiro apreendeu três granadas e uma pistola calibre 45, de propriedade do Exército Brasileiro. De acordo com Pimenta, esse fato representa apenas mais um caso de desvio de armas em organizações militares promovido por facções criminosas. Em seu levantamento, Paulo Pimenta revela que, somente este ano, 21 instituições públicas foram invadidas e tiveram roubadas armas de uso restrito como fuzis, metralhadoras e pistolas desviadas. Também foram registrados furtos de munições e granadas.
Paulo Pimenta, que relatou a CPI do Tráfico de Armas e CPI da Violência Urbana, ressalta que a repressão ao tráfico de armas e munições provoca o aumento no preço do armamento no mercado ilícito. Essa situação faz com que as quadrilhas mudem o modo operar, buscando armas com grande poder de fogo em organizações militares. “Quando reforçamos a vigilância em nossas fronteiras, o crime organizado passa a ter dificuldades em obter armas e munições. Com isso, os criminosos buscam abastecer suas facções desencadeando uma série de ações contra instituições públicas”, afirmou Pimenta.
O deputado gaúcho lembra que, em depoimento na CPI da Violência Urbana, especialistas em armas revelaram que criminosos do Rio de Janeiro pagavam, em média, R$ 5 mil por um fuzil calibre 7.62mm. Com o aumento da repressão, o mesmo tipo de arma passou a ser negociado com valores superiores a R$ 40 mil.
Segundo o parlamentar, quanto maior o poderio bélico da facção, maior será sua representatividade perante aos grupos rivais e ao Estado. A posse de armas de guerra como fuzis, metralhadores, granadas e, em alguns casos, até bazuca, é fundamental para os criminosos manter o controle de territórios e de pontos de vendas de drogas. Paulo Pimenta aponta a tipificação do crime de porte de armas de uso restrito como medida fundamental para conter o avanço do crime organizado.
No mês passado, Pimenta divulgou relatório inédito denunciando o desvio de mais de 3.000 armas de 73 fóruns brasileiros. “Diferentemente do que observamos nas ocorrências no judiciário, onde era possível comprovar o envolvimento de pessoas ligadas aos fóruns como funcionários, estagiários. Nos casos relacionados às Forças Armadas, identificamos, através da forma de agir, planejar e deliberar as ações, o modo de operar do crime organizado, que busca nas instituições armamento de grosso calibre para garantir o seu poder bélico”, observou Pimenta.
Crédito Foto: Agência Câmara
GABINETE DEPUTADO FEDERAL PAULO PIMENTA
Ricardo Lopes- Mtb 14.367
Assessoria de Imprensa
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