
Órfãos de uma gestão alheia às necessidades do povo humilde; os mendigos afogadenses estão sempre lá, descendo e subindo ruas e avenidas de Afogados da Ingazeira. Sem fazer alarde, tímidas e sorrateiras, como bichos que foram abandonadas pelos seus donos - eles caminham sem destino.
Tragadas pela falta de aparo social, esse povo – o mesmo povo que elege seus governantes agoniza pelas portas dos lares de AFOGADOS DA INGAZEIRA em busca de algo que possa minimizar a fome que lhes tira o sono e a paz.
Ontem, e também agora, essa realidade assombrosa e nefasta, tão presente em nosso meio social, nos chama atenção e nos causa pena, mas, só ter pena e dá esmola não cura, não sara, minimiza por uns instantes a doença que logo em seguida retorna com mais intensidade a esses cidadãos afogadenses.
Tais pessoas carregam em si a chaga da fome, com a doença e a morte andando a espreita, rondando com eles lado a lado, e isso não é só, uma dor de ser gente lhes obriga muitas vezes a olhar para baixo – envergonhadas pela situação de míseria e fome que passam cotidianamente.
- Muitos dos lares de Afogados da Ingazeira se encontram em total abandono e miséria, encontra partida o "gestor futurista" ficará conhecido como o “homem asfalto”, parece que ele não sabe que pessoas não comem asfalto, as pessoas precisam de pão e água.
Próximo ano é ano de eleição e os jovens precisam saber votar, saber que não devem se vender, pois se os jovens são o futuro do país tem que agir com responsabilidade e não como Judas.
- Quando a fome não mata, ela transforma pessoas livres em subprodutos do sistema escravocrata. E é dentro deste contexto social que surgem os ladrões, as pequenas prostitutas e os viciados - alheios aos seus direitos.
Janailson Nogueira
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