
Antigamente no Pajeú as mulheres trabalhavam na produção artística de peças de barro. Eram as chamadas “paneleiras” que praticavam este ofício passando de mãe para filha. Na região a arte do barro já foi uma fonte de alternativa de renda, mas com o avanço da tecnologia lá se foram os fogões de lenha, pois a maioria das casas na zona rural possue um danado de um fogão a gás.
Vários homens decidiram entrar para o ofício provocando reconfigurações nas relações de gênero, incorporando assim valores de masculinidade. Foi o que fez o senhor José Ramos Santiago, 58 anos, natural de Tracunhaém ao montar no Sítio Arara, zona rural do município de Tabira um pequeno fabrico de artes em barro. Ele conta que trabalha com barro na terra das tradições há mais de dez anos.
“Iniciei minhas atividades no mundo das artes ainda criança em Tracunhaém, produzindo panelas de barro, filtros e peças diversificadas com meus pais; estou em Tabira há mais de uma década e confesso que os nossos trabalhos manuais despertam bastante curiosidade nas pessoas que trafegam diariamente na PE 320, nossa produção tem sido bem aceita e a cada dia vou melhorando, descobrindo, experimentando e criando peças para alimentar o bom gosto daqueles que nos procuram”, disse.
A pequena fábrica de artesanato de seu “Ringo”, como é popularmente conhecido na região, fica localizada a margem da PE 320 próximo ao Povoado de Brejinho, município de Tabira.
Blog do Itamar
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