Depois de quinze meses ausente fui visitar a comunidade de Monte Alegre, distante nove quilômetros de Afogados da Ingazeira. Certamente a chegada do novo asfalto somando-se a já existente luz elétrica, água encanada em muitas casas, posto de saúde e uma organizada associação, foram determinantes para que houvesse um considerável aumento de famílias que passaram a residir naquele próspero e bonito pedaço de terra do nosso querido sertão do pajeú. São aposentados, profissionais de diversas áreas, principalmente os que exercem funções ligadas à agricultura e trabalhadores do campo que retornam às suas antigas atividades.
Nas décadas de sessenta, setenta e oitenta acontecia o contrário. Como essas comunidades não dispunham da infra-estrutura que existe hoje, o homem da zona rural era forçado a procurar os grandes centros do país em busca de melhores condições de vida. Sonho que muitos não realizaram, passando a morar em favelas e cortiços sem a mínima condição humana.
O jornal “The New York Times” afirmou, recentemente, que as dificuldades nos grandes centros urbanos e o crescimento da agricultura e dos investimentos em cidades do interior inverteram os fluxos migratórios no Brasil. É o desenvolvimento econômico se espalhando por todo o país. Não podemos ignorar que vivemos uma nossa época com vida nova para os mais pobres.
Como sertanejo e amante dessa região, fico muito feliz ao comprovar a veracidade desses dados estatísticos. Então, em nome dos que resistiram ao destino de seus companheiros e parentes que partiram rumo ao sudeste a bordo de um caminhão e dos que hoje enxergam nosso Nordeste com outros olhos, lembramos a poesia de Corumbá e Venâncio cantada pelo Rei do Baião Luiz Gonzaga: “...enquanto minha vaquinha, / tiver o couro e o osso, / e puder com o chocalho / pendurado no pescoço / eu vou ficando por aqui, / que Deus do céu me ajude, / quem foge da terra natal / em outro canto não pára / só deixo o meu Pajeú, / no último pau-de-arara.”
Carlos Moura Gomes
Nas décadas de sessenta, setenta e oitenta acontecia o contrário. Como essas comunidades não dispunham da infra-estrutura que existe hoje, o homem da zona rural era forçado a procurar os grandes centros do país em busca de melhores condições de vida. Sonho que muitos não realizaram, passando a morar em favelas e cortiços sem a mínima condição humana.
O jornal “The New York Times” afirmou, recentemente, que as dificuldades nos grandes centros urbanos e o crescimento da agricultura e dos investimentos em cidades do interior inverteram os fluxos migratórios no Brasil. É o desenvolvimento econômico se espalhando por todo o país. Não podemos ignorar que vivemos uma nossa época com vida nova para os mais pobres.
Como sertanejo e amante dessa região, fico muito feliz ao comprovar a veracidade desses dados estatísticos. Então, em nome dos que resistiram ao destino de seus companheiros e parentes que partiram rumo ao sudeste a bordo de um caminhão e dos que hoje enxergam nosso Nordeste com outros olhos, lembramos a poesia de Corumbá e Venâncio cantada pelo Rei do Baião Luiz Gonzaga: “...enquanto minha vaquinha, / tiver o couro e o osso, / e puder com o chocalho / pendurado no pescoço / eu vou ficando por aqui, / que Deus do céu me ajude, / quem foge da terra natal / em outro canto não pára / só deixo o meu Pajeú, / no último pau-de-arara.”
Carlos Moura Gomes
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